sábado, 13 de agosto de 2011

Marcha das Vadias!
Tudo começou em Toronto, Canadá. Um policial dava uma palestra sobre segurança no campus de uma universidade, em determinado momento afirmou que as estudantes devem evitar se vestir como vagabundas para não serem vítimas de assédio sexual ou estupro. A partir daí mulheres em Toronto, e em vários outros países, começaram a marchar pelo direito de serem donas de seus próprios corpos em eventos que receberam o nome de Slutwalk.

We are tired of being oppressed by slut-shaming; of being judged by our sexuality and feeling unsafe as a result. Being in charge of our sexual lives should not mean that we are opening ourselves to an expectation of violence, regardless if we participate in sex for pleasure or work. No one should equate enjoying sex with attracting sexual assault. Site oficial da SlutWalk Toronto

Há muitas discussões em torno do assunto. Há quem considere que tentar ressignificar a palavra “vadia” ou “vagabunda” não vai funcionar, pois no Brasil ela é usada especialmente para criticar a liberdade sexual das mulheres. Porém, todas já fomos chamadas de vadias e vagabundas em algum momento, quando ousamos ser quem somos, fazer o que desejamos. Essa palavra está marcada em nossas histórias pessoais e até mesmo nas novelas.
As mulheres do mundo todo estão ocupando as ruas, protestando contra todas as formas de repressão sexual e por serem culpabilizadas pela violência que sofrem. Movimento iniciado no Canadá, contra a culpabilização da mulher pelo estupro, vem tomando o mundo. A Slut Walk começou a se desenrolar em Toronto, no Canadá, quando em uma universidade, um policial dava uma palestra sobre segurança no campus... universitário e argumentou que as estudantes deveriam evitar se vestir como vagabundas (daí vem o termo sluts) para não se tornarem alvo fácil de estupros. Diante de uma declaração infeliz como esta, as estudantes decidiram protestar. E com razão! Ou será que é normal sofrer uma trágica e forçada agressão ao nosso corpo e mente e ainda assim nos sentirmos culpadas? Não restam dúvidas de que estupro é uma violência de gênero que provoca medo entre as mulheres. E o inaceitável deve girar em torno da violência praticada a uma mulher e não em torno das nossas roupas! Sim, vamos continuar nos vestindo do jeito que quisermos! Dados estatísticos nos revelam que no Brasil a cada 15 segundos uma mulher é espancada, e 35% das mulheres no Brasil e no mundo já sofreram abuso sexual. Criminalizar a mulher pela violência sofrida é uma das formas de dominação não só de seus corpos, mas de suas vidas! Essa violência tem agressor, e não é nossas roupas!

As mulheres já saíram em marcha pelas ruas do mundo protestando, gritando e dizendo: Somos donas de nossos corpos! Queremos exercer a nossa sexualidade!

A Marcha das Vadias, que começou no Canadá, já aconteceu na Argentina, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Holanda, Nova Zelândia e agora toma conta do Brasil. Cidades como Juiz de Fora - MG, Brasília - DF, Natal - RN, Florianópolis - SC, Recife - PE, São Paulo - SP já marcharam, e agora chegou a vez de Salvador, cidade em que o movimento social de mulheres é vanguarda na luta pelos seus direitos. Participe e mobilize seu grupo para a Marcha das Vadias - Slut walk Salvador.

A Marcha acontecerá no dia 02 de julho, protestando no desfile. A concentração do grupo será às 08:00 no Largo da Lapinha - Monumento Maria Quitéria. Traga seus cartazes e faixas de protesto.

Viemos anunciar que não somos apenas bunda e peito, merecemos Respeito!!
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